quinta-feira, 26 de março de 2009

Dias difíceis




Desde a quatro meses o meu aquário tem vindo atravessar uma fase negra envolvendo uma infestação de nudibrânquios nas montiporas e plánarias carnívoras nas acroporas.

Fase Nudibrânquios

Começou sensivelmente a quatro meses e ataca objectivamente as montiporas. Infelizmente atacou uma das minhas maiores colónias deixando-a descaracterizada e enfraquecida mas também atacou mais de 15 montiporas que tinha no aquário principal, algumas delas com uma história muito peculiar e que exigiram especial dedicação para as conseguir.

Iniciei o tratamento externo com Betadine, Pro Coral cure, Reef Dip e aumentei a população de omnívoros (mandarins, Macropharyngodon, halichoeres) e movi alguns das montiporas para um aquário mais pequeno em que fosse mais fácil o tratamento, tentando reduzir o alimento para nudibrânquios no aquário principal.












Fase AEWF (Acropora Eating Flatworms) Planárias Carnívoras




Na fase de tratamento dos nudibrânquios, é possível observar que no tratamento externo das montiporas coloquei duas acroporas nesse tratamento pois surgiu nessas duas acroporas os primeiros sintomas de aparecimento de AEFW, que numa primeira análise foi de díficil identificação pois desconhecia este predador, tendo mesmo feito uma dosagem de interceptor pensando tratar-se de uma variante de Tegastes acroporanus (red bugs). Recordo-me de uma conversa com o machado inconclusiva e apenas consegui ter o indício aquando do aparecimento dos primeiros ovos num exemplar de acropora valida.




Infelizmente o diagnóstico correcto foi bastante tarde e a maior parte das minhas acroporas estava infectada.
Iniciei o tratamento externo com melafix e tratei acropora por acropora manualmente usando uma seringa plástica para retirar as AEFW e uma agulha para retirar os ovos.



Tenho ideia que retirei mais de uma centena de AEFW. Optei por agregar a maioria das acroporas infectadas para melhor controlar a evolução numa área específica do aquário e colocar as acroporas mais infectadas num aquário mais pequeno embora conectado com o tank principal.




Infelizmente é uma infestação muito dificil de se controlar tendo em conta a mobilidade e a ausência de predadores naturais contudo este tratamento externo é eficaz. Continuarei a fazer check up semanais as acroporas individualmente e usar a seringa se necessário.